Cogumelos
De um dia para outro, muito
brancamente, discretamente,
muito quietamente
Nossos dedos do pé, nossos narizes
Assomem na argila
Adquirem ar.
Ninguém nos vê,
Nos pára, nos trái;
Os pequenos grãos se acomodam.
Punhos suaves insistem em
alçar as agulhas
A forragem de folhas
Até o pavimento
Nossos martelos, nossos carneiros bate-estaca
Sem ouvidos sem olhos,
Perfeitamente sem voz
Alargam crânios
Ombro através de buracos. Nós
Dieta d'água,
Migalhas de sombra,
Maneiras amenas, perguntando
Pouco ou nada,
Tantos de nós!
Tantos de nós!
Somos prateleiras, nós somos
mesas, somos meigos
Nós somos comestíveis
Cutucadas e empurrões
A despeito de nós-mesmos
Nossa espécie multiplica:
Devemos de manhã
Herdar a terra.
Nosso pé na porta.
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