segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Idyll, Richie Hofmann, revista New Yorker

                            IDYLL
                            IDÍLIO

Cigarras enterram em pequenas bocas,
do leito da árvore, alojam-se
contra o clamor de línguas como amuletos,

embora seja eu quem reza devo sacudir esta pele
e ser erguido do chão outra vez. Não tenho nada

a confessar. Eu não sei ainda que o que possuo é
um corpo edificado para o
amor. Quando o vento roça

seu caminho em direção a algo mais frio,
você também estará mudado.
Uma vida esfola

uma outra, pano áspero
Quando eu abro minha boca,
sou como um inseto desvestindo-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário