sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pôr-do-Sol (do poema de Jorie Graham: Sundown -publicado na revista New Yorker, April 12, 2010.

Pôr-do-Sol


Por vezes

a luz do dia estremece

atrás de você e é

um grande tesouro neste caso hoje homem

a cavalo em pleno calmo

galope em Omaha sobre meu

ombro esquerdo chega

rápido mas

calmo não audível para mim até que eu vire

a cabeça por nada

como se o que ficara atrás

sussurrasse:

o que posso fazer por você hoje e eu

acabara de me virar para

responder e a resposta à minha

resposta escorreu vinda de frente com o sol tardio: ele/eles

estavam dirigindo adentro - vislumbrante -

peito ensopado e joelhos levantados e

leve batida dos cascos e no ímpeto até o respirar do grande

melhor - deste que bem atrás de mim,

me ultrapassa - o cavaleiro olhando direto

à frente e mesmo assim

sorri sem me olhar e ao sorrir eu sorria ambos sorríamos

para o jovem animal, meus pés na

crista quebra-onda, cada um lançando floco de oceano

ofertado à vermelha

luminosidade -

seus cascos retornando, começa a ultrapassagem



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