A resposta à plenitude icônica do original: "Le crapaud", engendrando paralelismos já manufaturados na própria intertextualidade do textor-tradutor de "O sapo".
Na produção da diferença quando a projeção da outridade induz ao estranhamento da forma: do francês ao português.
Le crapaud O sapo
Un chant dans une nuit sans air Noite sem ar e esse canto, e esse canto...
- La lune plaque en métal clair - E a lua, em metal claro, unindo quanto
Les découpures du vert sombre. Rasgão do verde escuro, árvore, alfombra...
...Un chant; comme un écho, tout vif Um canto como um eco, muito vivo
Enterré, là, sous le massif... Enterrado, acolá, na moita...esquivo.
- Ça se tait: viens, c'est là, dans l'ombre... E, agora cala. Vem, é ali, na sombra,
- Un crapaud! - Porquoi cette peur, Vem - Um sapo! - Que medo que te deu!
Près de moi, ton soldat fidèle! Não vês, bem perto, aqui, teu fiel soldado?
Vois-le, poète tondu, sans aile, Mas, olha-o, sem asa, é um poeta pelado
Rossignol de la boue...- Horreur! O rouxinol da lama. - Horror! - Não meu.
...Il chante. - Horreur!! - Horreur pourquoi? Oh! canta. - Horror - e porque horror? Volveu
Vois-tu pas son oeil de lumière... (Nem viste?) um longo olhar, iluminado...
Non: il s'en va, froid, sous sa pierre. Não: esconder-se a uma pedra, o desgraçado
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Bonsoir - ce crapaud-là c'est moi. Lá vai... Boa noite. - E o sapo, não sou eu?
Tristan Corbière Pedro Kilkerry
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