terça-feira, 19 de maio de 2009

Sapoetando na noite. Afoito: sou eu. (À guisa de guenzo)

O sapoeta

Canto de traves em trevas Canto em claustro... Noite
- A lua emplaca clareira
E, soma recortes de verde
Árvore, assombra, perfila.

Um canto antigo entoa Um canto antanho entoa
Maciço ressoa, sob a terra
Reboa sssshhhhh: tá li:
O som enclave na sombra.
.............................................
- Sol-em-sombra. Te esconde.

Vvt - guapo aqui o sapo!
Tá cego? - ó - poeta
Aqui, sem-soldo, solda de luz.
...................................................
Sol-sem-ene. Te assusta

Canta-a-dor (de horror?)
Ah... lá-que olhando, ilumina
Não: frio, entrevado, se esvai... (subterrâneo)
... sapoetando na noite. Afoito: sou eu.

(Tradução do Poema "Le Crapaud", de Tristan Corbière)

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