terça-feira, 21 de maio de 2013

GATE, Robyn Schiff, revista New Yorker, April 2013 Eu nunca sai

                           PORTÃO

Todo mundo tem um primo Benjamin Bunny
Peter disse que um passeio lhe faria bem
À borda da floresta. Peter não se divertia mais. Ele nunca o faria de novo.
As sorumbáticas alfaces em seus capuzes de falcão. O portão do matagal
chaga fechada por ervas daninhas, as mandíbulas da vida tentando mantê-lo
bem apertado mas ninguém pode trepar nele.
Quando criança brincava sobre o portão
num parque da redondeza que se balançava

e parecia o angustiado chamado de um coelho. Eu ficava embaixo na ripa
e de costas pra dentro e pra fora
do ar. Eu nunca sairei daqui.
O portão era pura insensatez, sem cerca em nenhum lado,

A tragédia grega
encenava em volta de um vão
a imaginação força para entrar.
Eu fui criado num assento de passagem
com uma linha de olho de ator
prestes a atravessar

por detrás disto. Cebolas melodramáticas cresciam selvagens
Eu chorei e chorei até que alguém disse
está bem chorar,
significa que as cebolas
são frescas. Todo sonho começa

com um princípio
Carne na entrada
onde cachorros derrubaram o lixo.
Onde está sua boca? Há um apito
que você pode comprar que faz o som
de um coelho gritando.

caçadores costumam chamar
o que quer que eles queiram
fora da moita
porque tudo o que querem
quer coelho para o jantar.
Mova sua mão

ao longo do feixe de luz para mudar
o chamado de Jack para a ponta do algodão
e de volta outra vez
Uma vez que você os vê
forçando-se pra fora
do interior em seu comando que o pára de soar.

cada dia único? O dia todo? O som agudo
imaginado o terror enlatado. Você pode fazer isso
com uma cana-do-reino. En-cálice suas mãos.
Tudo vivo
está ouvindo. Conheci um caçador

que podia fazer marcar um corço
cujo sofrimento
traria uma corça
para o aberto toda vez
Embora ele não quisesse uma corça.
Ele queria um gamo.

Eis o que não suporto
reconhecer:
quando os gamos ouvem
o som de um corço
meu amigo faz com a boca
eles vêm, também por pena, mas luxúria,

tão intensamente eles querem o gamo
delineado pelo anseio
de uma corça necessitada dele
Tudo está ao alcance
de rep-ente e eu quem sou eu para julgar
Ele aumenta seu alívio.

e a primavera chega.
Não. Ele toma uma bala. Eu fui pego no drama
e esqueci de quem é o teatro.

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