quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Morning Song, Sylvia Plath

                                Canção da Manhã

O amor ajusta você como um gordo relógio de ouro
A parteira bateu nas suas solas dos pés, e seu choro descoberto
Tomou seu lugar entre os elementos.

O eco de nossas vozes, louvou calorosamente sua chegada. Nova estátua
Num esboçado museu, sua nudez
Assombra nossa segurança. Nós ficamos em pé ao redor inexpressivamente como paredes.

Não sou mais sua mãe
Do que a núvem que destila um espelho para refletir seu vagaroso
Apagamento da mão do vento.

A noite toda sua respiração de mariposa
Adeja entre planas rosas cor-de-rosa. Eu acordo para ouvir:
Um mar distante se move no meu ouvido.

Um choro, e eu cambaleio da cama, vaca pesada e floral
Em minha camisola vitoriana
Sua boca se abre limpa como a de um gato. O quadrado da janela
Esbranquiça e incha suas apagadas estrelas. E agora você experimenta
Sua mão cheia de notas:As claras vogais se erguem como balões.  

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