segunda-feira, 30 de abril de 2012

Still I Rise, Maya Angelou

                              Eu Ainda Me Levanto


Você pode escrever mal de mim na história
Com suas amargas, distorcidas mentiras
Você pode me esmagar com os pés em muita sujeira
Mas ainda, como pó, eu me levantarei.


Minha insolência perturba você?
Por que você está acossado de melancolia?
Porque eu caminho como se tivesse poços de petróleo
Bombeando na minha sala de estar.


Justamente como luas e como sóis,
Com a certeza das marés
Justamente como esperanças voando alto
Continuarei a me levantar.


Você quer me ver quebrada?
Cabisbaixa e olhos baixos?
Ombros caindo como gotas de lágrimas.
Enfraquecida por meus gritos de alma plena.


Minha altivez ofende você?
Não leve isso tão duramente
Porque eu rio como se tivesse minas de ouro
Cavando no meu próprio quintal.


Você pode me atirar com suas palavras,
Você pode me cortar com seus olhos,
Você pode me matar com seu ódio,
Mas ainda, como o ar, eu me levantarei.


Minha sexualidade perturba você?
Isso vem como uma surpresa
Que eu danço como se tivesse diamantes
No encontro das minhas coxas.


Fora das cabanas da vergonha da história
Eu me levanto
Desde um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Eu sou um oceano negro, aos saltos e amplo
Eu me levanto


Completamente em expansão eu carrego na maré
Deixando pra trás noites de terror e medo
Eu me levanto
Para romper o dia que é extraordinariamente claro
Eu me levanto


Trazendo os presentes que meus ancestrais deram,
Eu sou o sonho e a esperança do escravo.
Me levanto
Me levanto
Me levanto

2 comentários:

  1. Que mulher maravilhosa deve ser Maya Angelou. Poderias escrever algo sobre el, por favor? Ela tem a força da guerreira, a doçura estampada na coragem de lutar, sem jamis perder a ternura.Parabéns pela escolha e pela tradução. Nilce.

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  2. Ela é extraordinária, mesmo! Vale ver sua biografia.
    Obrigada por sua leitura, Nilce. bjs

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