quarta-feira, 21 de março de 2012

There came a wind like a bugle; Emily Dickinson

Lá veio um vento como um clarim;
Com tremor através da grama,
E um verde arrepio sobre o calor
Tão agourento passou
Nós barramos as janelas e as portas
Como se de um fantasma de esmeralda;
O elétrico sapato de gamo do predestinado
Aquele exato instante passou.
Num estranho tumulto de árvores ofegantes,
E cercas fugindo,
E rios para onde as casas corriam
Os vivos assim pareciam naquele dia.
O sino dentro do campanário agreste
As coisas mutáveis que voam rodopiavam.
Quanto pode vir
E quanto pode ir
E ainda subsiste o mundo.

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