"Nós, Conselheiras e Conselheiros do Conselho Nacional de Políticas de promoção da Igualdade Racial - CNPIR, vimos através desta, repudiar a opinião expressada pelo excelentíssimo senador da república Demóstenes Torres, presidente da Comissão Justiça e Cidadania do Senado Federal, no seu pronunciamento durante a Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), no dia 03 de março de 2.010, que analisava o recurso instituído pelo Partido Democratas contra as Cotas para Negros na Universidade de Brasília.
Ele afirmou que:
- "as mulheres negras não foram vítimas dos abusos sexuais, dos estupros cometidos pelos Senhores de Escravos, e que houve sim consentimento por parte destas mulheres. Na sua opinião: Tudo era consensual!
- Descarta a possibilidade da violência física e sexual vivida por negras africanas neste período supracitado. Relembra-nos a frase: Estupra, mas não mata!!!
- As mulheres negras usam de um discurso vitimizado ao afirmarem que são vítimas diretas dos maus tratos e discriminações no que se refere ao atendimento destas na saúde pública.
- Que as pesquisas apresentadas para justificar a necessidade de políticas públicas específicas, são duvidosas e que nem sempre são confiáveis, pois podem ser burladas e conter números falsos.
Ao tempo em que resgatamos a dignidade das mulheres negras e indígenas, que durante a formação desta grande nação:
foram SIM abusadas, foram Sim torturadas, foram Sim violentadas em seu físico e sua dignidade. Aos filhos de seus algozes - o leite do seu peito
Aos seus filhos - o chicote
Não nos curvaremos ao discurso machista e racista do senador!
É inaceitável, que o pensamento dos Senhores de Engenho se expresse em atitudes no Parlamento Brasileiro." Brasília, 05 de março de 2.010.
muito bom. e é impressionante que metade do congresso seja de senhores do engenho do presente
ResponderExcluirAnacronismo cruel!
ResponderExcluirE quem falou um absurdo desses é um senador da república. Podemos ver que interesses ele defende! Temos que ficar alertas e conservar nossa indignação!
ResponderExcluirYara, não entendi bem como fazer e meu comentário saiu como anônimo... Bjs, Nilce.
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